O embate entre Sony e Microsoft na aquisição da Activision Blizzard se transformou numa verdadeira novela. Conforme relatamos por aqui, o CADE, órgão brasileiro que fiscaliza fusões e aquisições no mercado, [mostrou que a divisão Xbox respondeu o PlayStation e esquentou a chapa entre as duas empresas](https://nv99.com.br/flowgames/article/compra-da-activision-blizzard-microsoft-responde-sony-e-chapa-esquenta), que trocam farpas sobre o assunto há dias. O documento, que tem 27 páginas, também mostra que a Microsoft vê a exclusividade de Call of Duty como “simplesmente não lucrativa”. “A capacidade da Microsoft de continuar expandindo o Game Pass tem sido obstruída pelo desejo da Sony de inibir tal crescimento. A Sony paga por ‘direitos de bloqueio’ para impedir que desenvolvedores adicionem conteúdo ao Game Pass e outros serviços de assinatura concorrentes. (...) A realidade é que a estratégia de reter os jogos da Activision Blizzard, não os distribuindo em lojas de console rivais, simplesmente não seria lucrativa para a Microsoft”, diz um trecho da publicação. Em outro ponto, a dona do Xbox enxerga a estratégia como rentável apenas se o retorno for “autossuficiente” com o game ausente de outras plataformas. “Tal estratégia seria rentável apenas se os jogos da Activision Blizzard fossem capazes de atrair um número suficientemente elevado de jogadores para o ecossistema do console Xbox e se a Microsoft pudesse auferir receitas com a venda de jogos o suficiente para compensar as perdas decorrentes da não distribuição de tais jogos em consoles rivais”, explica e companhia. A Sony foi a única empresa a apontar objeções com relação à aquisição, ao que a Microsoft respondeu que [“Nintendo vive há anos sem Call of Duty e consegue se destacar”](https://nv99.com.br/flowgames/article/compra-da-activision-blizzard-microsoft-responde-sony-e-chapa-esquenta). A negociação segue em andamento enquanto os órgãos reguladores avaliam os impactos no mercado.